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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Operação Lava Jato não para

Por: Tainan Mendes

Renato Duque/ Divulgação: Internet
A mais alta pena proferida pela Justiça Federal, na operação Lava Jato foi atribuída na manhã de hoje (21/09/2015) ao ex-diretor de Serviços da Petrobras- Renato Duque, condenado a 28 anos e oito meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O Juiz Federal Sergio Marco, condenou na mesma sentença, o ex-tesoureiro do PT João Vacari Neto a 15 anos e oito meses de reclusão pelos mesmos crimes atribuídos a Duque. Esta é a primeira condenação de ambos, na Lava Jato.

João Vacari Neto/ Divulgação? Internet
Segundo o Juiz Federal Sergio Marco, o ex-diretor de Serviços da Petrobras recebeu propina de R$ 36 milhões :
"A prática dos crimes corrupção envolveu o recebimento de pelo menos R$ 36.346.200,00, US$ 956.045,00 e 765.802,00 euros à Diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobrás (Consórcio Interpar, Consórcio CMMS, Consórcio Gasam e contrato do Gasoduto PilarIpojuca). Um único crime de corrupção envolveu pagamento de mais de vinte milhões em propinas"

Sobre Vaccari, o magistrado afirmou:
 "A prática dos crimes corrupção envolveu o recebimento pelo Partido dos Trabalhadores, com intermediação do acusado, de pelo menos R$ 4.26 milhões de propinas acertadas com a Diretoria de Serviços e Engenharia da Petrobrás pelo contrato do Consórcio Interpar, o que representa um montante expressivo."

Outras pessoas envolvidas no esquema também foram condenadas. Os operadores Adir Assad, Sônia Mariza Branco e Dario Teixeira Alves Junior foram condenados a 9 anos e 10 meses de reclusão, por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A operação Lava Jato investiga um esquema bilionário de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras. A Policia Federal estima em R$ 19 bilhões de prejuízo na estatal.

Divulgação: Internet

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Seca na Bahia – Senhor do Bonfim

Por:  Tainan Mendes

A população baiana, em especial do semiárido vem sofrendo nos últimos tempos com a falta de chuva. A seca é considerada a pior dos últimos 30 anos. A falta de chuva tem causado uma redução considerável da produção agrícola de diversos municípios baianos, que acaba afetando em maior ou menor proporção todo o estado.


Segundo o governo do Estado da Bahia, mais de 500 mil cabeças de gado já morreram no semiárido baiano, por consequência da seca. Isso sem falar dos demais animais que se não morreram, vivem em situações precárias, sofrendo com falta de água e alimentação.

A produção agrícola está tão afetada que em algumas regiões, segundo a Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil - FEAB, a produção de milho, feijão e mandioca estão zeradas.  Todo esse caos tem diminuído a mão de obra, consequentemente gerando desempregos que afeta todos os níveis. Veterinários, zootecnias e produtores também foram afetados.

A percepção de boa parte população pode ser traduzida pela opinião do estudante Ricardo Vallari, sobre um aspecto econômico da seca.
 “Em períodos de seca a impossibilidade de produção acarreta a estagnação do capital, por uma questão obvia a região do semiárido, que a mais afetada pela seca, deixa de comercializar com as outras regiões, já que não tem um potencial industrial”. Ele enfatiza sua visão sobre a atuação de parte da classe política nacional:
Estamos inseridos em uma realidade corrupta. Existe uma rede de interesses que sustenta a seca como meio de desviar verbas destinadas a redução dos problemas por ela causados”.

Em relação ao milho, o Secretário da Agricultura Eduardo Salles, apresentou uma ação emergencial e estruturante através do governo do Estado, em parceria com a Presidência da República que é a captação de 80 mil toneladas de milho para a Bahia. O milho poderá ser vendido num limite de 6 mil toneladas por produtor e será disponibilizado pelo valor subsidiado de balcão.

Umas das cidades baianas mais afetadas pela longa estiagem é Senhor do Bonfim, localizada no norte do estado. Com a grave situação da região, no dia 08 /03/ 2013, o governo estadual decretou estado emergencial  (Decreto nº 14.346) em 214 municípios, entre eles, Senhor do Bonfim.

Com as dificuldades encontradas, a produção agrícola e o comércio sofreram danos irreparáveis, como afirma Barbara Araújo, estudando e moradora de Senhor do Bonfim:
Um dos principais impactos foi a produção de leito. Alguns pecuaristas chegaram e perder cerca de 50% de seu rebanho. A economia da cidade ficou bastante abalada.”

Com a economia abalada, a alternativa encontrada pelos comerciantes foi reduzir o número da mão de obra e elevar o preço dos produtos, diminuindo o poder de compra do consumidor.

A Administradora de Empresas, Edilania Borges, explica como a seca pode afetar economicamente uma região:
"Levando em consideração que é importante que a economia vá bem para que a saúde financeira da região não seja comprometida, o problema da seca faz com que a oferta de alimentos seja menor e consequentemente ocorra um aumento do preço dos alimentos, fazendo com que a inflação da região ultrapasse o permitido pelo Banco Central que é cerca de 6,5%.  Quando há um aumento da inflação todos saem perdendo, o agricultor que passará a ofertar seus produtos a um preço maior, o que ocasionará em uma queda no seu faturamento, o consumidor que terá que se adaptar a nova realidade e terá que abdicar de algumas regalias, e a região que sofrerá com o desaquecimento da economia do lugar, uma vez que as pessoas passam a comprar menos devido aos preços elevados.”

Com a economia enfraquecida, o turismo na região também foi afetado. Conhecida como a "Capital do forró”, Senhor do Bonfim tem uma das mais tradicionais festas de são joão da Bahia. A cidade atrai turistas de todo estado nessa época do ano. Além da festa realizada gratuitamente, pela prefeitura, na praça municipal, acontece o tradicional e tão esperado “Forro do Sfrega”, evento privado, realizado num espaço denominado “Vila do Sfrega”. Esse ano a cidade correu risco de não comemorar a data festiva na praça municipal. O evento não foi cancelada, entretanto a prefeitura reduziu em 50% o número de dias, além de reduzir nos mesmos 50%  os investimentos feitos para realização do evento.

A não realização da festa abalaria ainda mais a economia da região, como explica Edilania Borges:
"Partindo do pressuposto de que a data comemorativa gera renda para a região,  a não realização  das festas juninas traria grandes consequências econômicas uma vez que diminuiria o fluxo de turistas que provavelmente participaria do evento, fazendo com que a região tivesse uma queda no faturamento, prejudicando assim a economia da região."
O balanço das ações emergenciais realizadas pela Secretaria da Casa Civil em relação a distribuição de alimentos até 13/01/2013 são:

Dos 260 municípios com emergência decretada até 07/01/2013:
·         179 receberam e distribuíram 2.000 toneladas de feijão e 1.000 toneladas de arroz.
·         15 municípios receberam e distribuíram 9.630 cestas de alimentos.
·         Pendência: prestação de contas da CORDEC para a CONAB. Será entregue amanhã (08/01/2013)
·         11 municípios receberam e distribuíram 11 toneladas de frango;
·         194 municípios receberam e distribuíram 129.231 vales-cestas no valor de R$ 65,00 (R$ 8,4 milhões);
·         123 municípios foram beneficiados com a ampliação de 1.079.000 pratos do Programa Nossa Sopa;

Próximas operações:
·         NOVAS CESTAS: 68 municípios receberão 60 mil cestas de alimentos (39 com emergência decretada em data posterior a 11/06, 20 do CONSISAL e 10 do último lote cujas cotas foram incompletas).


·         Suco de laranja:
·         3,5 milhões de litros em embalagem tetra-pak (1,5 do estoque da CONAB e 2 milhões de litros adquiridos (R$ 5 milhões) dos citricultores do Litoral Norte via PAA formação de estoque.
·         1.200 agricultores familiares do Litoral Norte da Bahia beneficiados: Rio Real (950), Itapicuru (235) e Inhambupe (50) vinculados a 07 organizações e cooperativas.
·         45 municípios dos territórios Semiárido Nordeste II, Sisal e Litoral Norte/Agreste de Alagoinhas (próximos à Estância –SE) beneficiados.
·          
·         Leite UHT (longa vida): 2,4 milhões de litros para 78 municípios (19 do Programa Leite Fome Zero e os municípios dos Territórios do Semiárido Nordeste II, Sisal, Irecê e Piemonte da Diamantina). Serão distribuídos 24 litros por família.

·         EXECUÇÃO CARRO PIPA / CAR – RECURSO FEDERAL MI :R$ 12,8 milhões investidos, com contratação de carros-pipa pela CAR (Companhia).

·         Leite UHT (longa vida): 2,4 milhões de litros para 78 municípios (19 do Programa Leite Fome Zero e os municípios dos Territórios do Semi-árido Nordeste II, Sisal, Irecê e Piemonte da Diamantina). Serão distribuídos 24 litros por família.”

Com toda essas mudanças prometidas, a população sonha, no mínimo com a diminuição do caos.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

SAÚDE PÚBLICA- MAIS MÉDICOS

Por: Tainan Mendes 

O Programa do Governo Federal “Mais médicos” vêm ganhando cada vez mais repercussão na mídia nacional. Os Conselhos Regionais de Medicina (CRM's) têm entrado constantemente em rota de colisão com Governo Federal. A classe contesta a liberação do Revalida (Exame nacional de Revalidação do diploma) para os médicos inscritos no programa.

Segundo o Ministério da Saúde o “Mais Médicos” têm como objetivo melhorar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O governo ainda afirma que o programa prevê investimentos na infraestrutura de hospitais e unidades de saúde, além de levar profissionais a regiões “menos favorecidas” do país.

Os CRM’s não são contra a vinda de profissionais do exterior, são contra a não obrigatoriedade da Revalida. Todavia os conselhos afirmam que o grande problema no atendimento da saúde pública não é a falta de médicos, e sim a má distribuição dos mesmos, que em geral se concentram nas grandes metrópoles. 





                                  

Para o medico Gláuber Branco, especialista em Radiologia e Diagnóstico de imagem, o país tem número suficiente de médicos para atender a demanda e enfatiza ao dizer que não há necessidade de trazer médicos de fora.
“Claro que não! O país tem médicos suficiente para atender a demanda”.

Em relação a não obrigatoriedade da Revalida, Gláuber afirma ser uma atitude irresponsável, que em nada melhorará a saúde pública.
“Acho que é mais uma medida eleitoreira/ populista deste governo hipócrita, que em nada vai melhorar a saúde pública, pelo contrário, colocará em risco a qualidade do serviço público de saúde brasileira.”

Na contramão de Gláuber Branco e da maioria da classe medica, a Assistente Social Andréa Pereira, enxerga com bons olhos o programa do Governo Federal.
“Acho muito importante para a saúde publica, pois é preciso aproximar a medicina da população nas comunidades que mais necessitam.” Entretanto a Assistente Social não acredita que apenas trazer médicos do exterior seja a solução da saúde pública do Brasil...

Para acabar com a polêmica referente à obrigatoriedade ou não do exame, tramita do senado um projeto de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB). A senadora propõe que a revalidação dos diplomas estrangeiros seja facilitada. Para isso, esses profissionais deverão trabalhar em regiões carentes do país. 

O projeto, na realidade, evidencia apenas mais uma manobra do governo para facilitar a entrada de médicos vindos do exterior, sem a certificação de que realmente estão aptos para exercerem a profissão no Brasil.

Na opinião de Glauber Branco, seria valido e inteligente o governo investir em qualificação dos seus profissionais, lhes dando melhores condições de trabalho, do que trazendo médicos do exterior.
“Valido e inteligente ! A qualificação do profissional enriquece o país, cria uma força de trabalho nacional mais forte e disposta ao crescimento, e, em consequência se tem um crescimento econômico, social e financeiro mais sólido. Quanto às condições de trabalho, esse é o grande problema, não só da saúde pública, mas também da educação e segurança pública.”

Indiscutivelmente a saúde pública, assim como a maioria dos serviços públicos brasileiros carecem de muitas melhorias.  De nada adianta enviar médicos para as regiões mais necessitadas, se não há condições mínimas de trabalho. Os médicos cobram uma melhor infraestrutura, remédios, equipamentos para realizar diagnósticos mais precisos, entre outras coisas. Além de uma melhor remuneração.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Segurança Pública – Salvador e Região Metropolitana

Por: Tainan Mendes

 A população baiana não sabe mais o que fazer para poder caminhar nas ruas, sem a sensação de que a cada esquina existe um perigo a vista. A Bahia nos últimos anos têm apresentado um número preocupante de homicídios. O município de Simões Filho apresenta a maior media do país.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Publica do Estado Bahia, só na capital e Regiões Metropolitanas, entre janeiro e março de 2013, foram contabilizados 422 homicídios dolosos (onde existe intenção de matar). Esses números só confirmam que está cada vez mais difícil caminhar tranquilamente nas ruas.
Na tentativa de reduzir esses números e melhorar a segurança pública, foram criadas as bases comunitária, que se localizam em regiões identificadas como “criticas”, com elevados números de ocorrência policial.
Segundo Antônio Carlos Filho, delegado titular da 12 º Delegacia Circunscricional Polícia Itapoan, essas localidades onde se encontram as Bases Comunitária têm apresentado uma diminuição do número de ocorrências. Contudo, ele alerta que os marginais, para fugir do combate policial, migram para outras regiões que ainda não possuem as Bases Comunitárias.
As bases comunitárias têm mostrado na prática, com estatísticas que houve uma redução da criminalidade naqueles locais. Mas como a atividade do marginal é o tráfico de drogas, eles vão migrar para outras localidades, até encontrar um combate policial efetivo.”
A realidade é dolorosa. Hoje em dia, os pais estão enterrando os filhos, muitas vezes mortos de forma cruel e desumana, quando a ordem natural dos fatos, deveria ser o contrário. Um retrato do sofrimento vivido por muitas famílias baianas, é o Chefe de Cozinha Rosenildo Oliveira. Ele teve seu filho assassinado. Emocionado, o cozinheiro conta como tudo aconteceu:
"Ele estava voltando do colégio com mais três amigos, e pararam na porta de casa, esperando o cabeleireiro para cortarem os cabelos. Nesse pequeno intervalo de tempo, passou um carro preto. No carro, estava um policial, que tinha um filho vagabundo. Acho que um dos meninos tinha batido no filho desse policial que tentou roubar um deles, numa festa de largo. O policial revoltado, foi no Pau Miúdo, colocou uns vagabundos no carro e voltou disposto a executar quem tinha batido no filho dele e quem tivesse na hora também, tanto que nessa tragédia morreram três pessoas e o quarto perdeu o braço, por causa do tiro. Meu filho estava no lugar errado e na hora errada."
Na opinião de Antônio Carlos Filho, o auto índice da violência na Bahia, em geral, não está ligada apenas a polícia.
"Eu diria que o número de policiais é insuficiente, mas o grande problema da marginalidade não é apenas policial e sim Social. 75% à 80% dos bairros não têm condições de moradia, saúde, educação condizentes. O problema, é muito mais embaixo."
Revoltado com a situação, Resenildo Oliveira vai além, e desabafa :
"A segurança publica é péssima ! Eu perdi um filho, ele perdeu a vida, e nada aconteceu. Os políticos não estão nem ai, mas se fosse com alguém da família deles, com certeza teriam corrido atrás. Perdi meu filho a troco de nada. Para quê os brasileiros pagam tantos impostos ? Os políticos só querem saber de dinheiro. Se olharmos direitinho, os piores ladrões são os do colarinho branco. O povo demorou muito para ir as ruas reivindicar seus direitos."
O Município de Simões Filho, localizado na Região Metropolitana de Salvador, foi considerado pela terceira vez consecutiva o município mais violando do Brasil. O local está tomado pelo tráfico de drogas. A situação na região é tão critica que Simões Filho chegou a ser conhecida como a "capital da desova".
Para Antônio Carlos Filho o tráfico de drogas é o grande responsável por quase todos os crimes de patrimônio: Ganancia, pequenos furtos, roubo de celular, etc...
Normalmente, são pessoas ligada ao tráfico de drogas que morrem: Usuários, aviões e até mesmo disputa entre os traficantes por ponto de venda. Para ter uma ideia 85% à 90% dos homicídios em Salvador e Regiões Metropolitanas, isso posso assegurar, tem como motivação o tráfico de drogas.”
Infelizmente, a realidade em que vivemos é assustadora, mas nem tudo está perdido... A Associação Cidade da Criança (ACC), uma Organização não governamental que há mais de 25 anos exerce um trabalho social-educativo-cultural, em Simões Filho, atendendo crianças, jovens e adultos, na faixa etária de 8 à 50 anos. Através das diversas atividades e projetos sociais, a ACC tem como objetivo integrar os alunos na sociedade, os afastando cada vez mais do mundo do crime, das drogas, além de prepará-los e qualificá-los para o mercado de trabalho, através de cursos profissionalizantes oferecidos pela instituição.
O Pedagogo e Coordenador de Projetos da Associação Cidade da Criança, Wellington Pereira, ressalta a importância da instituição para a população :
"A ACC atua como um suporte que tenta suprir faltas promovidas e evidenciadas pela realidade sócio econômica. Sendo considerada pelas pessoas que são atendidas como um espaço de promoção humana e valorização do ser humano."
A segurança pública está em decadência, como o serviço publico em geral. Além dos investimentos em infraestrutura e qualificação de seus profissionais, o governo deveria investir mais em cultura, arte, esporte, etc... Esses projetos podem não combater diretamente o crime, mas previne, afastando nossos jovens dessa triste realidade que vivemos. Quem sabe, com esses investimentos, não conseguimos mudar num futuro próximo a realidade em que hoje estamos inseridos.

A Tocha Olímpica chega a Salvador

Por: Tainan Mendes A espera acabou. Após passar por 19 cidades baianas, a tocha olímpica chega hoje (24, de maio, de 2016) a Salv...